Após decisão judicial, Anvisa diz que vai liberar importação de três medicamentos de alto custo

Após decisão judicial, Anvisa diz que vai liberar importação de três medicamentos de alto custo

Importação de Aldurazyme, Fabrazyme e Myozyme estava suspensa porque empresa que venceu licitação não possui licença exigida. Anvisa diz que cumprirá decisão do TRF-1, mas que irá recorrer.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta segunda-feira (19) que permitirá ao Ministério da Saúde prosseguir com o processo de importação dos medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme e Myozyme, todos de alto custo e voltados a pacientes com doenças raras.

A importação dos medicamentos está suspensa porque, segundo a Anvisa, a empresa vencedora da licitação, a Global Gestão em Saúde S. A, não possui a documentação necessária para comprovar a segurança na distribuição dos medicamentos, chamada de Declaração do Detentor do Registro (DDR).

A exigência desta licença causou uma intensa batalha jurídica, inclusive entre a Anvisa e o Ministério da Saúde, que chegou a criticar a agência por dificultar a importação dos medicamentos. A Anvisa, porém, afirma que tal exigência não é uma mera “burocracia”, mas sim a única forma de garantir que o remédio é “efetivamente legítimo, não é uma falsificação”.

A decisão da agência de liberar a importação dos medicamentos, ainda que sem a licença, foi tomada após duas decisões judiciais. Na última sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) determinou que a Anvisa procedesse com a concessão da licença, sob pena de multa e de prisão ao presidente da agência, Jarbas Barbosa.

Já neste domingo, o juiz Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal do Distrito Federal, também determinou que a Anvisa dispensasse a Global Gestão em Saúde S. A da exigência de apresentar a documentação.

Apesar de afirmar que irá cumprir a decisão judicial, a Anvisa informou que irá recorrer e que a área jurídica da agência já está analisando a questão.

Como o G1 mostrou em janeiro, pacientes com doenças raras, como a ‘doença de Fabry’, sofreram com a falta desses medicamentos de alto custo, produzidos no exterior. Uma caixa do Fabrazyme, por exemplo, chega a custar R$ 20 mil.

Fonte: Globo.com



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