Sindireceita paralisa serviços em portos e aeroportos por duas semanas

Sindireceita paralisa serviços em portos e aeroportos por duas semanas

Greve afeta atividades das alfândegas e inspetorias, travando despachos de exportação, vistoria das mercadorias e embarque de suprimentos.

Cerca de 7 mil analistas-tributários da Receita Federal de todo o país cruzam os braços por mais duas semanas – desta segunda-feira (21) a 25 de maio e do dia 28 de maio a 1º de junho. A categoria promove greve contra o descumprimento do acordo salarial assinado em 23 de março de 2016. Durante a paralisação, diversos serviços serão suspensos, como a fiscalização em portos, aeroportos e postos de fronteiras.
Nas unidades aduaneiras, os profissionais da Receita não atuarão nos serviços das alfândegas e inspetorias, como despachos de exportação, verificação de mercadorias e bagagens, embarque de suprimentos, operações especiais de vigilância e repressão, entre outros.
Sindireceita vai parar serviços em portos e aeroportos por 24h.

Paralisação
O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Geraldo Seixas, afirma que a greve tem sido acirrada a cada semana diante das negociações salariais que já foram amplamente discutidas pelos ministérios envolvidos no acordo e nenhuma atitude foi tomada até o momento.

“Aguardamos a edição do decreto que regulamentará o Bônus de Eficiência desde o dia 11 de julho de 2017. A Casa Civil analisa, há mais de um mês, os termos desse decreto. A morosidade em todo este processo demonstra não apenas um enorme desrespeito com os servidores do Fisco, mas também o descaso do governo com a Receita Federal”, avalia Geraldo Seixas.

Segundo o presidente do Sindireceita, a postura do governo federal tem causado prejuízos não somente à Receita Federal, mas aos contribuintes e ao país. “A Receita Federal é um órgão de extrema importância para o Brasil e, especialmente, para o enfrentamento ao atual cenário de crise econômica que vivemos. Desejamos que o acordo seja cumprido em sua integralidade, para que possamos retornar à sua normalidade e contribuir ainda mais para a saída desta grave crise”, disse.

De acordo com Seixas, o movimento não prejudicará a atuação em ações fundamentais para o país, como a Operação Lava-Jato. “A greve é um direito legítimo dos trabalhadores e seguiremos em nosso movimento até que o governo cumpra com o acordo assinado”, afirmou.

Metrópoles – Tânia Rêgo / Agência Brasil



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